"Só faltava a coragem de dar a própria cara a tapa
Controverso, indeciso como a própria gota de suor que escorria incerta pela testa
Atestando o nervosismo que aflorava pelos poros
No estômago, sentia o bater de asas de borboletas
Não sabia explicar, mas a sensação era como se ventasse por dentro
E do seu peito fosse sair um novo furacão chamado VAZIO
O vazio é tão profundo que não possui lado
Não possui eira nem beira
Não possui forma
É abstrato
Obstuso
É auto-explicativo
O vazio é por se mesmo completo
Se entende sozinho
Se ajusta no brio,
De infinita quietude e solidão
Se o vazio pudesse ter outro nome
Permaneceria vazio
Porque um nome não muda a natureza e nem substitui a essência
Não apaga as marcas e nem intensifica a luz
O vazio é vaso ruim que não se quebra
É pau que nasce torto
É a moeda que cai e não mais se vê"








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