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tristeza, ânsia de vômito, asco, vergonha.
minimizo meus sentimentos na amplitude da minha revolta.
essa eu peguei do blog veSHAME gospel... por favor vejam:



"Pois é, o falso profeta e verdadeiro ilusionista Mauro de Oliveira, que tem a cara de pau se se denominar pastor (ô classezinha mais desprestigiada essa minha, viu?), faz um verdadeiro show de mágica, iludindo gente que acredita em suas besteiras, lidas anteriormente no orkut. Mas não vou aliviar pra plateia também, não. Se há iludido, é porque há o desejo de se iludir. Preferem viver a mentira de satanás a viver a verdade da Cruz que liberta. É um escape, uma tentativa de se refugiar em um mundo de fantasia. É um vídeo de uma igreja de brasileiros nos Estados Unidos. Com a recente crise estadunidense, que quase lhes leva as cuecas, com o preconceito por serem tachados de "latinos" e por muitos estarem em situação ilegal no país, o pessoal quer "relaxar". Alguns se refugiam na diversão, vão a cinemas, passeios, etc. Outros, enchem a cara ou se afundam nas drogas. E um outro grupo procura um tipo de vídeo socialmente aceitável, que é o vício religioso, como vemos neste deplorável vídeo.

Só me resta dizer: maranata, ora vem, Senhor Jesus! Afinal, um dos sinais de Sua vinda, está a pleno vapor. Não é o sinal do avivamento. Mas o sinal da apostasia. A igreja evangélica brasileira não quer nada com Jesus. Mas aqueles a quem Ele chamou não aceitam essa idiotice. Esses, o remanescente fiel, continuará fiel, pois foram comprados pelo Senhor. Quanto ao resto, ouvirão somente aquilo que Ele afirmou que diria: Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramemnte: nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. (Mt 7.22, 23)

Thiago Matso que fica indignado com essas palhaçadas e denuncia aqui no http://veshamegospel.blogspot.com.
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PR. GERESIAS, ORE MENOS POR MIM



Para mim, a amizade é uma planta de cultivo eterno. Não abro mão dos poucos e bons amigos. Coisa que eu me orgulho nessa vida é de ter feito um punhado de grandes amigos. Punhado de se contar nos dedos, mas amigos do peito. Não gosto muito do papo de que “há amigos mais chegados que irmãos”, mas, não a nada melhor do que a companhia de um amigo. Aliás, pouca companhia para mim é melhor do que má companhia. Ser amigo é andar junto sem medo de percorrer muitíssimas milhas. Costumo medir o nível de amizade com a milhagem da carreira percorrida com o amigo. Calculo que a pior forma de solidão é a companhia de um ser invisível. Bem, vamos ao que interessa. Há cinco ou seis anos, resolvi semear uma nova amizade: ser amigo do Pr. Geresias.O Pr. Geresias era um sujeito cativante. Via-o sempre pelas ruas distribuindo sorrisos e abraços. Tinha uma postura séria e suas atitudes revelavam a maturidade conquistada ao longo dos seus quarenta e poucos anos. Sempre tomávamos um cafezinho nas manhãs de terças e quintas (quando eu pegava mais tarde no trabalho) e sempre saia pensativo, matutando sobre nosso bate-papo descontraído.
- “O Criador procura por companheiros para acompanhá-lo!” dizia ele. – “Porque tudo está maduro para a ceifa. Saiba afiar sua foice rapaz!” Eu sempre ria, com aquele sorriso amarelo, despontando o velho cinismo, “saindo pela direita” com a velha máscara de sutil amabilidade.
Mudei de emprego e foi ficando cada vez mais difícil reencontrar com o Pr. Geresias. Sentia falta de nossas conversas sobre a vida e via nele a possibilidade de um amigo. Tinha o número de sua residência. Era dezembr, dia 24, ligo para ele. Imaginei que, na véspera de Natal, um protestante fervoroso havia de estar aberto para o mundo.
Comecei assim: - “Pr. Geresias, aqui fala o Solano França. Como vai? Tudo bem?” Não havia nenhuma convivência entre nós há mais de dez meses. Mas ele respondeu vivamente: - “Ah, Solano, tenho pensado em você! Agora mesmo estava orando por você. “Pensando em mim, orando por mim.” Prossigo: - “Pr. Geresias, estou ligando para desejar todas as felicidades, a você e a sua família”, etc.,etc., etc. Por um momento, tive vontade de contar-lhe o seguinte: - “Pr. Geresias, quando eu era criança chorava muito em um conto chamado O PINHERINHO de Hans Andersen. Nesse conto um pinheirinho filhote sonha em ser mastro de navio quando for um pinheirão, igual aos outros da floresta. O senhor conhece esse conto?”
Todavia, não falei do tristonho conto. Um ano depois, no mesmo dia 24 de dezembro, teclo novamente. E o Pr. Geresias responde: - “Ah, Solano, acabei de orar por você.” (Era um santo! Não esquecia de mim em suas orações). Mais uma vez, não contei que quando criança chorava com a historia do pinheirinho. E, assim, Natal após natal, não lhe faltei com o meu sofrido telefonema.
Pensava o seguinte: - um bom cristão, como o Pr. Geresias, há de ter Deus enterrado em si como um sino. Ele havia de imaginar que eu corria, arquejante, atrás de um amigo, eternamente atrás de um amigo. E, no entanto, eu sentia, com uma nitidez cruel, inapelável, que o Pr. Geresias orava por mim e não era meu amigo. Simplesmente, não era meu amigo.
No seguinte natal, insisto em ligar para o Pr. Geresias. Estou cada vez mais convencido de que o amigo é um momento de eternidade. Antes de ligar, passo um bom quarto de hora sonhando diante do telefone. Eu queria ter, com o Pr. Geresias, uma conversa de total sinceridade. Imaginava dizer algo do tipo: - “Pr. Geresias ore menos por mim. Se quiser, não ore nada. Mas seja meu amigo. E, se caso insistir em orar, vamos fazer uma permuta: o senhor ora por mim e eu oro por ti.”
Juro que daria tudo para ver ilustríssimo Pr. Geresias, líder religioso respeitado, presidente do conselho de pastores evangélicos da cidade, mendigando as minhas simples orações, com a humildade de um santo. Imaginei o velho carola a suplicar, do fundo do seu desespero: - “Irmão, ore por mim. Eu preciso ser salvo. É a minha salvação que está em jogo.” Se ele falasse assim, trêmulo de pavor, eu responderia: - “Pr. Geresias vou começar agora mesmo. Não desligue. Quero que o senhor ouça a minha oração.” E assim eu salvaria o Pr. Geresias Apolônio Brito e seríamos eternamente amigos.
Bem, me lembro do nosso último 24 de dezembro. Ouço a voz do Pr. Geresias: -“Alô?” Imagino: - “Vai repetir tudo, igualzinho como da outra vez.” Digo: - “Pr. Geresias, é o Solano, Solano França. Tudo na paz?” Foi de uma larga e cálida efusão: - “Ah, Solano, acabei de orar por você.” Tomo um susto. Ele insiste: - “Tenho pedido muito por você.” Aproveito uma pausa e dou o meu recado: - “Vim desejar-lhe todas as felicidades, etc., etc.”
(E eu queria pingar, como no pires de um cego, a moeda da minha oração). Baixa em mim o tédio, aliás, tudo tende ao tédio. Começo a crer que o amigo é uma impossibilidade. A conversa continuou e chegava a ser irreal, quase um pesadelo humorístico. Subitamente, ele suspira: - “Ah, Solano, você aí nessa lama!” Exatamente: lama. Começo a ter medo do resto. Pr. Geresias dizia “lama”, familiarmente, como se falasse de uma tia minha, bem idosa e até estimável. Tive a idéia de responder-lhe: - “Minha lama vai bem. E a sua, Pr. Geresias?”
Acabei com aquilo sumariamente: - “Até logo, passar bem.” Desliguei e confesso: como um desgosto do Natal e até um tédio (tudo tende a ele) retrospectivo do conto do pinheirinho. Nunca mais telefonei, nunca mais. Mas, ao relembrar o episódio, imagino um mundo onde a tias se cumprimentam nas ruas assim: - “Como tem passado a sua lama?” Eis o que o Pr. Geresias, na sua imodéstia de santo, não percebe – “qualquer um tem seus íntimos pântanos, sim, pântanos, sim pântanos adormecidos. É preciso não despertá-los. Mas certos acontecimentos acordam a lama do seu negro sono. Quando isso acontece, a lama começa a exalar o tifo, a malária e a paisagem apodrece.” Viva Nelson!
Dedicado aos invisíveis.

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Cara de Palhaço




Sinto-me vítima de um embuste com a quantidade de mentiras que despejam diariamente sem controle algum.
Os veículos de mídia principalmente a televisiva dispõem de instrumentos poderosos que se infiltram em nossas mentes e nos logram nutrientes responsáveis pelo raciocino (já manifestei antes minha indignação quanto ao assassinato da janela pela TV).
É desagradável constatar que o confronto através da verdade dissipou-se na última nuvem de esperança que pairava pelos céus. Abdicar do princípio exato serve como garantia de vida em um mundo vedado pela ilusão.
O caos instalou-se na terra desde o primeiro homicídio. As tais mentiras são apenas uma maneira de nos ludibriar, desviando nossa atenção para o que ainda será revelado. Há anos eu não reparava em nada. Não observava como o tempo passava tão rápido e nem como esse tempo nos é abreviado desde o consumar dos séculos. Reporto-me a realidade cotidiana. Quantos vivem, crescem, casam-se e dão-se em casamento. Quantos morrem todos os dias? Dezenas, centenas, milhares?
Essa inquietude da natureza humana, cruel, amarga, inconstante, nos torna algozes de nós mesmos. Homem lobo do homem. Temos um pequeno inferno dentro de nós mesmos e o chamamos de coração.

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O PASTOR DE ÁRVORES




Conto fresquinho que vai virar livro infantil - O Pastor de Árvores. Ah! E as ilustrações vão ficar por conta de minha esposa: Luciana França. Aguardem!

"Era fim de tarde e o sol já se despedia. O vento tilintava nas colinas e reproduzia um silvo brando, anunciando uma noite de tormenta. O mar revolto, quebrado em ondas, perdia-se em uma espessa bruma que encobria toda costa. Nada se podia ver.
E formou-se uma nuvem, composta de espuma e vento, que emergida na rouquidão que terebrava o tempo, confundia e entorpecia os sentidos por onde ela passava. O guarda do farol, em seu ofício de atalaia, foi o primeiro a deparar-se com a estranha propriedade da nuvem. Ela o cercou, o envolveu como um abraço. Logo, ele estava à mercê dos inebriantes poderes que ela lograva. Achou que havia enlouquecido, quando viu seu amigo felino a tagarelar com a lua. Caiu desfalecido não suportando a emoção do susto. Naquela noite, todo ser pensante, dotado de inteligência e com o sopro de vida, sucumbiu ao toque inerente da neblina. Todos que a sentiram (ou nem todos) foram acometidos com situações curiosas e caíram em profundo sono. Ninguém em sã consciência conseguiria explicar o que sucedia naquela madrugada. Foi tudo tão rápido que nem parecia um ato planejado. A natureza clamava por isso a centenas de séculos. A resposta veio em forma de nuvem. Uma nuvem feita de espuma e vento. [...]" Gostou? Quer saber o final? Então COMENTE!!!

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SE ESSA MODA PEGA!!!



Diretamente do Púlpito Cristão. Fiel indignado entra com empilhadeira em um templo da igreja universal em Portugal e literalmente quebratudo!

Frustado com as promessas de prosperidade da seita, homem põe fim a devoção adentrando a nave do templo com uma empilhadeira, levando tudo a frente até chegar ao altar. Ele acusa a igreja de explorá-lo em mais de 100 mil euros em troca de um retorno divino para solucionar seus problemas financeiros. Desesperado, diz que só não deu mais dinheiro para a seita porque a esposa não deixou. Mais tarde, depois do acontecido, aguardou a chegada das autoridades.

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UIVANDO PARA UMA LUA DE CONCRETO




Inaugurando a categoria CONTOS, um post com um conto de minha autoria. Respirem fundo e tenham pensamentos quentes.

"Em meio a rotos rabiscos em fragmentos de papel, amontoados sem ordem certa sobre o chão da sala, sorrisos. Ela, cálida, se mantinha a mesma doce e seca criatura do ocaso.
Víbora, que destila o veneno meticulosamente em doses mortais, colecionava de maneira perspicaz os tais rabiscos - que eram em sua maior vez nomes ou endereços - e os guardava de maneira lúgubre; junto com pedaços de centenas de corações partidos: lutuosos troféus.
Desse modo ela fazia todas as noites de sexta. Retirava-os do seu baú cor-de-orquídea e espalhava-os, sentia-os, esfregava-os contra o peito nu, absorvendo o ultimo resquício de amor que ainda havia.
Afundada no mar de possibilidades mil ela os lança, e deita, e rola. Quão libidinosa e vil. Dança e baila penetrando a noite, que por sua vez, recebe a madrugada com o estalo sórdido de um beijo pós-coito. Esmiúça os detalhes em todos os seus poros. Afame como um espetáculo aguardado com anseio por um público apoteótico. Pleiteia os melhores lugares para uma exibição circense de uma noite de horror. Tímida, ela enrubesce o rosto quando encontra entre os montes o grafo desejado. Tão simples, que emerge o óbvio: um número e um nome. Põe-se a ligar. Segundos de espera, uma voz. Minutos de conversa, o suficiente para o convencimento. Desliga o telefone esboçando um sorriso de canto de boca satisfatório, mas não suficiente.

O relógio tilinta: três badaladas. Ela sai do banho, seca os cabelos, joga a toalha no chão. Passeia nua. O Bourbon está pela metade no copo. Numa tragada saliente, devora o que sobrou de sua consciência. Borrifa no colo salpicado de sardas seu perfume favorito. Não sei o porquê do gosto por flagrâncias masculinas: em especial almiscaradas, com notas de carvalho. Põe o vestido preto de seda, desliza entre os lábios a tinta infernal e parte. Parte quando já morria na noite a última estrela da madrugada.

E pela noite seguiu, montada em salto de agulha. Seu simples caminhar ateava em cada esquina paixões e suicídios. Na sua ira ventava fogo; as chamas ardiam no interior de sua alma abjeta. O luar, com sua silhueta prateada, testemunhava calado.
Na esquina, o bar do encontro. Entra como se fosse sua casa, acena para o garçom. Esse retribui com um discreto piscar de olhos, enquanto enxugava um caneco de vidro.[...]" by Solano França [Gostou desse conto? Quer saber o final??? Então comente !]

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